domingo, 19 de maio de 2024

FESTIVAL EUROVISÃO DA CANÇÃO 2024 - UM MAU EXEMPLO PARA O MUNDO

 

FESTIVAL EUROVISÃO DA CANÇÃO - MUITO FOGO DE ARTIFÍCIO – DOUTRINAÇÃO DA MENTE EUROPEIA E UM EXEMPLO DE DECADÊNCIA MORAL PARA O MUNDO

Um Tempo de Diversão para uns - um Frete para outros e uma Mistura tóxica de Género e Militância política

 

“Todos julgam segundo a aparência, ninguém segundo a essência... Agradar a muitos é mau”, constatava o filósofo e poeta Friedrich Schiller.

O Festival Eurovisão da Canção 2024 realizado na Suécia (11 de maio) sob o lema “Unidos pela arte”, teve 26 (25) países a competirem entre si (1), depois de 11 terem sido eliminados nas semifinais.

Acompanhado de muitas controvérsias e protestos (2) o espetáculo mostrou o trabalho artístico esforçado de muitos, criando uma tensão entre prazer e “valores” a serem implementados:  evidenciou-se uma mistura tóxica de expressão artística, género e militância política...

A política devora a arte ao nivelar a sua expressão e as pessoas. A União Europeia de Radiodifusão tornou-se fraca ao ceder aos interesses do marketing industrial e ao substituir a orientação cultural por um código de conduta ambíguo e contraditório...

Exemplo de ambiguidade e duplo decoro pôde observar-se na determinação de  se evitar a palavra "Merda" (Schitt) do texto da canção alemã (não sendo pronunciada) e, por outro lado, o evento apresentar exemplarmente sexo anal de expressão trivial e machista (Nada contra homossexuais nem contra a liberdade de exercício sexual individual, mas sim contra a instrumentalização do sexo e dos homossexuais para fins propagandistas e disciplinadores do povo)!

Já Séneca protestava admoestando que “aprendemos para a escola e não para a vida”. Como se observa do Festival e do pensar politicamente implementado, não estamos a ser orientados para a vida prática, mas sim para a ideologia que pretende criar uma sociedade com consciência diferente propagando para isso uma cultura nova desumanizada e contra a cultura de características populares. Sinal claro disso   observa-se também na disparidade da qualificação atribuída pelos votos da opinião de especialistas da indústria musical de cada país e o televoto (votação de telespectadores). Facto é que os pontos do Júri determinaram a classificação oficial.

Assim, enquanto o júri colocou Israel em 12º lugar, o televoto coloco-o em 2º lugar sendo o resultando das duas votações Israel em 5° lugar.

Da votação do júri (50%) e do televoto (50%) resultou a ordem oficial: 1º Suíça (Nemo ,"The Code"), 2º Croácia (Baby Lasagna,"Rim Tim Tagi Dim"), 3º Ucrânia (Alyona Alyona & Jerry Heil, "Teresa & Maria"), 4º França (Slimane ,"Mon amour"), 5º Israel (Eden Golan, "Hurricane" ), 10º Portugal (Iolanda,"Grito"), 12º Alemanha (Isaak ,"Always On The Run") e 25º Noruega (Gåte ,"Ulveham").

Segundo o televoto a qualificação seria: 1º Croácia, 2º Israel, 3º Ucrânia, 4º França e 5º Suíça...

Também aqui a cultura se quer afirmar contra a natura, onde a diversidade apesar de tudo também canta o belo!...

Abusou da música e, de uma maneira geral, perdeu a oportunidade de mostrar as características musicais-culturais dos povos europeus. Numa época em que o mundo se orienta pela mesma batuta ficaria bem à União europeia apresentar a sua variedade cultural que se expressa na sua rica diversidade musical sem que tenha de ser submetida a um ritmo uniforme para mostrar unidade europeia!

“Um grupo humano transforma-se em multidão manipulável quando se torna sensível ao carisma e não à competência, à imagem e não à ideia, à afirmação e não à prova, à repetição e não à argumentação, à sugestão e não ao raciocínio”, constata Jean F. Revel (filósofo francês crítico do marxismo e das esquerdas na intelectualidade francesa)

António da Cunha Duarte Justo

Texto completo e Notas em Pegadas do Tempo: https://antonio-justo.eu/?p=9254

 

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