domingo, 19 de maio de 2024

FESTIVAL EUROVISÃO DA CANÇÃO 2024 - UM MAU EXEMPLO PARA O MUNDO

 

FESTIVAL EUROVISÃO DA CANÇÃO - MUITO FOGO DE ARTIFÍCIO – DOUTRINAÇÃO DA MENTE EUROPEIA E UM EXEMPLO DE DECADÊNCIA MORAL PARA O MUNDO

Um Tempo de Diversão para uns - um Frete para outros e uma Mistura tóxica de Género e Militância política

 

“Todos julgam segundo a aparência, ninguém segundo a essência... Agradar a muitos é mau”, constatava o filósofo e poeta Friedrich Schiller.

O Festival Eurovisão da Canção 2024 realizado na Suécia (11 de maio) sob o lema “Unidos pela arte”, teve 26 (25) países a competirem entre si (1), depois de 11 terem sido eliminados nas semifinais.

Acompanhado de muitas controvérsias e protestos (2) o espetáculo mostrou o trabalho artístico esforçado de muitos, criando uma tensão entre prazer e “valores” a serem implementados:  evidenciou-se uma mistura tóxica de expressão artística, género e militância política...

A política devora a arte ao nivelar a sua expressão e as pessoas. A União Europeia de Radiodifusão tornou-se fraca ao ceder aos interesses do marketing industrial e ao substituir a orientação cultural por um código de conduta ambíguo e contraditório...

Exemplo de ambiguidade e duplo decoro pôde observar-se na determinação de  se evitar a palavra "Merda" (Schitt) do texto da canção alemã (não sendo pronunciada) e, por outro lado, o evento apresentar exemplarmente sexo anal de expressão trivial e machista (Nada contra homossexuais nem contra a liberdade de exercício sexual individual, mas sim contra a instrumentalização do sexo e dos homossexuais para fins propagandistas e disciplinadores do povo)!

Já Séneca protestava admoestando que “aprendemos para a escola e não para a vida”. Como se observa do Festival e do pensar politicamente implementado, não estamos a ser orientados para a vida prática, mas sim para a ideologia que pretende criar uma sociedade com consciência diferente propagando para isso uma cultura nova desumanizada e contra a cultura de características populares. Sinal claro disso   observa-se também na disparidade da qualificação atribuída pelos votos da opinião de especialistas da indústria musical de cada país e o televoto (votação de telespectadores). Facto é que os pontos do Júri determinaram a classificação oficial.

Assim, enquanto o júri colocou Israel em 12º lugar, o televoto coloco-o em 2º lugar sendo o resultando das duas votações Israel em 5° lugar.

Da votação do júri (50%) e do televoto (50%) resultou a ordem oficial: 1º Suíça (Nemo ,"The Code"), 2º Croácia (Baby Lasagna,"Rim Tim Tagi Dim"), 3º Ucrânia (Alyona Alyona & Jerry Heil, "Teresa & Maria"), 4º França (Slimane ,"Mon amour"), 5º Israel (Eden Golan, "Hurricane" ), 10º Portugal (Iolanda,"Grito"), 12º Alemanha (Isaak ,"Always On The Run") e 25º Noruega (Gåte ,"Ulveham").

Segundo o televoto a qualificação seria: 1º Croácia, 2º Israel, 3º Ucrânia, 4º França e 5º Suíça...

Também aqui a cultura se quer afirmar contra a natura, onde a diversidade apesar de tudo também canta o belo!...

Abusou da música e, de uma maneira geral, perdeu a oportunidade de mostrar as características musicais-culturais dos povos europeus. Numa época em que o mundo se orienta pela mesma batuta ficaria bem à União europeia apresentar a sua variedade cultural que se expressa na sua rica diversidade musical sem que tenha de ser submetida a um ritmo uniforme para mostrar unidade europeia!

“Um grupo humano transforma-se em multidão manipulável quando se torna sensível ao carisma e não à competência, à imagem e não à ideia, à afirmação e não à prova, à repetição e não à argumentação, à sugestão e não ao raciocínio”, constata Jean F. Revel (filósofo francês crítico do marxismo e das esquerdas na intelectualidade francesa)

António da Cunha Duarte Justo

Texto completo e Notas em Pegadas do Tempo: https://antonio-justo.eu/?p=9254

 

PENTECOSTES É O DIA DO ESPÍRITO SANTO

 

Pentecostes é a festa do Espírito Santo, que em termos hodiernos se poderia também dizer que é a festa em que se celebra a proclamação da democratização do espírito divino, o sopro da vida, que se encontra, mais ou menos encoberto, no âmago da pessoa...

Para os cristãos com o acontecimento do Pentecostes dá-se o nascimento oficial da igreja e o início da missão de evangelização.

Em termos generalizados e abrangentes simbólicos, poder-se-ia dizer que o Espírito Santo é uma força ou energia (presença) divina que actua no mundo e na pessoa de modo a inspirar, orientar e transformar a pessoa, capacitando-a a ir realizando o protótipo do Homem e da humanidade que é Jesus Cristo.

Na tradição cristã, o Espírito Santo ou Paráclito (guia e consolador) é uma das três partes da Trindade Cristã (divindade), ao lado de Deus Pai e do Filho, Jesus Cristo. O Espírito Santo é visto como a forma pela qual Deus está presente no mundo e entendido como a presença de Deus que atua no mundo e nas pessoas de forma invisível e sustentável. É vivenciado (na oração) como guia, base do livre arbítrio, que ajuda as pessoas a tomarem boas decisões e a terem paz (soberania individual)...

O espírito democrático já se encontrava na Igreja, pelo baptismo e na presença do espírito santo presente em todos, antes de aparecer na sociedade política e civil europeia. Só que os poderes das instituições, por vezes, tiram muito do poder aos membros para o poderem redistribuir à sua maneira...

António da Cunha Duarte Justo

Texto completo em Pegadas do Tempo https://antonio-justo.eu/?p=9249

 

sexta-feira, 10 de maio de 2024

A OMS PRETENDE INSTALAR A CENSURA MUNDIAL NA SAÚDE PARA PROTEGER OLIGARQUIAS E ELITES GLOBAIS

 


Projeto de Tratado em detrimento dos Direitos humanos e das Liberdades fundamentais

 

Na próxima Assembleia Mundial da Saúde, em 27 de maio, será votado e ratificado o Tratado de Pandemia da ONU. O plano da Organização Mundial de Saúde (OMS) de preparação do mundo para futuras pandemias e crises de saúde pública; de uma maneira geral o tema está a ser calado e censurado pelos Media para deste modo ser mantido fora de qualquer debate político e qualquer análise democrática pública.

Porque pessoas críticas fizeram objeção ao projeto, alguns pontos que gritavam aos céus foram retocados, mas o objetivo de controlar e formatar a população mundial para preparar um fascismo global continua...

Os cidadãos em geral não devem saber que a OMS quer meter a mão nos bolsos do Estado (dívida soberana) e determinar o que os governos têm que aplicar, e também controlar a informação e a pessoa. O objetivo da recolha centralizada numa indústria de dados (o novo ouro) é criar um controlo permanente e uma identidade digital.

Transformada a pessoa numa identidade funcional (com o roubo e transformação da própria identidade) o que passa a valer e a determinar é a Máquina com maquinistas globais sem alma nem coração nem pátria (Oligarcas)...

No sentido da política da OMS o termo pandemia não se encontra definido podendo alterações climáticas, tabagismo, CO2, etc. serem declaradas como pandémicas e com isto possibilitar medidas dracónicas e antidemocráticas como as criadas durante o “reinado da pandemia covid-19” da OMS...

Torna-se irracional estar a elaborar-se um acordo em que os 200 países assinam um atestado de incompetência e de incapacidade ao atribuir competências soberanas a uma instituição (OMS) não democrática com poder de declarar o estado de emergência em estados democráticos...

Hoje políticos fazem erros graves e permanecem nos cargos e os perpetradores não dão andamento às investigações e o povo não nota que está a ser ameaçado. O que podemos fazer é aumentar a pressão...

Com a nova formulação do acordo, a OMS quer transformar a sua competência de fazer propostas não vinculativas para passar a assumir a competências vinculativos...

Governantes em geral estão tentados a ver em tal mudança mais que a transferência de competências soberanas em detrimento da nação, a transferência de responsabilidade política que os desobriga perante o povo eleitor...

Os tempos em que vivemos são de mudança radical (mudança axiológica). Cada pessoa tem que lutar por readquirir a dignidade humana e a democracia...

Deus é o fundamento da nossa ordem e em tempos de crescente impiedade e luta contra a dignidade humana é importante lembrar que o homem é falível e que existe um espiritual superior...

Tratado em conversação em nota (1); alguns dos elementos mais polêmicos do tratado foram agora adiados.

Beate Bahner, especialista em direito médico, escreveu o livro “OMS – tratado sobre pandemia: o ataque final à liberdade”. Dele apresento em nota a tradução da apresentação do livro na Amazon alemã (2). 

António da Cunha Duarte Justo

Texto completo e notas em Pegadas do Tempo: https://antonio-justo.eu/?p=9232

 

quarta-feira, 8 de maio de 2024

A FESTA DA ASCENSÃO – NALGUNS PAÍSES TAMBÉM DIA DO PAI

O Dia da Ascensão é comemorado todos os anos durante a época da Páscoa, 39 dias depois da Páscoa e dez dias antes do Pentecostes.

A Festa da Ascensão (subida ao céu) aponta para a terra como nossa realidade e para o céu como o nosso anseio. Não se trata de uma subida a um lugar, mas do Reino de Deus pelo que também é interpretado como um símbolo de mudança e desenvolvimento espiritual da personalidade.

Para o crente expressa a experiência de Deus como a presença que tudo conecta; para o não crente, o feriado pode expressar um dia que ajuda a sair da rotina diária permitindo desfrutar da natureza e ver o mundo de uma nova forma.

Na Alemanha o Dia da Ascensão é também o dia do pai. Neste dia os homens faziam caminhadas juntos. 

Na tradição católica o dia do pai é celebrado a 19 de março, no dia de São José.

O Dia da Ascensão é a narrativa de uma caminhada e de um caminho para Deus.

António CD Justo

Pegadas do Tempo: https://antonio-justo.eu/?p=9226

domingo, 5 de maio de 2024

Ética e Moral em contexto de Globalismo e Interculturalismo

 

MORAL SECULAR E MORAL CRISTÃ EM DIÁLOGO

 

Moralidade é a resposta a nível de conduta a princípios, valores e regras de comportamento que orientam o ser humano para o bom viver em sociedade no sentido de alcançar a felicidade...

A ética (filosofia moral) serve-se das diferentes concepções de moralidade para buscar princípios universais que orientem o comportamento humano, no âmbito do certo e do errado e procura estabelecer padrões e princípios de comportamento do bom viver para todas as pessoas.

A moral é mais pessoal e culturalmente circunstanciada, estabelecendo o seu comportamento no âmbito do bem e do mal...

A moral secular situa-se fora das tradições religiosas embora integre delas muitos valores secularizados que em vez de assumirem uma relação com Deus buscam a fonte da sua orientação comportamental na razão, na ciência e na legislação estatal...

A moral cristã baseia os princípios éticos que orientam o comportamento humano em Deus, na tradição, na razão e no agir de Jesus Cristo. As normas morais cristãs, pelo facto de estarem sujeitas à consciência pessoal de cada um não contradizem o caracter universal da moral apesar do código formal que as envolve (no cristianismo a consciência individual é a soberana). Parte de um só Deus como elo comum de toda a humanidade e em que todo o humano tem a mesma dignidade inviolável baseada na filiação divina independentemente de crença ou descrença....

Enquanto a moral secular acentua o falar de valores, a moral cristã acentua a virtude (atitudes humanas), isto é, valores aplicados...

A ética (filosofia moral) serve-se das diferentes concepções a respeito da moralidade para buscar princípios universais que governem o comportamento humano, no âmbito do certo e do errado e procura estabelecer padrões e princípios de comportamento do bom viver para todas as pessoas...

A ética secular geralmente orienta a moralidade pelas consequências das acções praticadas tendo em vista o caracter utilitário delas. O padrão de orientação para a moral correcta verifica-se  nas consequências positivas para a maioria das pessoas....

A flexibilidade da moral cristã revela-se no respeito pela consciência individual considerada soberana e pela presença do Espírito Santo como forma de expressar a revelação de Deus a nível individual e no processo histórico...

As desvantagens visíveis na moral secular devem-se sobretudo à precaridade das suas fundamentações a nível de fontes e de autoridade e a não considerarem a pessoa integral pois deixam fora do seu âmbito questões espirituais e existenciais profundas ...

A flexibilidade da moral secular pressupõe como consequência o relativismo moral que conduz à atitude de cada cabeça sua sentença e ao possível descrédito de tudo o que é institucional possibilitando um estado cultural confuso e caótico que só viria a servir a institucionalização de um poder autoritário global anónimo preocupado apenas em seguir o espírito do tempo ou em determiná-lo. Por outra parte, em termos sociais, a moral cristã, na sua tendência    para se fixar sobretudo na tradição, revela uma certa inflexibilidade perante as mudanças sociais dando a impressão de chegar atrasada na história. A sociedade, porém, precisa de instituições alternativas estáveis não só viradas para o presente e deste modo temperem o encanto do novo e do provisório de modo a garantir mais responsabilidade humana e histórica no desenvolvimento humano...

Crenças, valores e contextos individuais e culturais entremeiam-se de maneira a pessoas integrarem elementos de ambos os sistemas no comportamento do seu dia a dia e na própria compreensão da sua moralidade.

A substituição da moral pelas leis tornar-se-ia incongruente porque o direito não tem por natureza algo imanente que o fundamente...

Limitar a consciência às necessidades primárias é deixá-la à mercê dos ventos sem saber para onde nos levam e facilitar a organização de poderes hegemónicos e formatadores de consciência de caracter oportuno e anónimo...

Como as pessoas imigradas traziam consigo a sua cultura religiosa específica como forma de identificação, surgem na sociedade europeia morais religiosas diferentes, lado a lado...

Assim surgem tentativas a nível religioso e não religioso de apresentar valores consensuais de referência com validade para uma sociedade querida multicultural e diversa...

Hans Küng criou a Fundação Ética Mundial (Global Ethic Foundation) que defende valores básicos comuns em todo o mundo, baseados em pontos análogos já existentes nas diferentes religiões...

(Atendendo ao caracter meramente funcional da pessoa no islão, ele é beneficiado pelo socialismo, no discurso público) ...

Um Estado de caracter globalista e secular orientado pela economia e pelo comércio está interessado em fomentar uma ética secular não baseada na crença em Deus nem na religião e substituir para isso a religião pela ciência e Deus pela razão e o humanismo por um utilitarismo mecanicista...

A razão procura fundamentar valores como dignidade humana, respeito, justiça, compaixão e empatia, baseando-se no direito abstrato de que todas as pessoas são iguais com iguais chances e direitos perante a lei (de notar que já aqui o direito/lei natural contradiz o direito positivo!)...

A ética cristã é de caracter relacional pessoal (centrada no antropológico) de conotação metafísica e a ética secular é de caracter funcional individual abstrato (centrada no sociológico) de conotação materialista (sendo o valor da pessoa concebido em função do colectivo) ...

Nesta perspectiva apologética, tanto a espiritualidade cristã como o idealismo secular fundamentar-se-iam igualmente no medo: no medo do castigo no além ou no medo de castigo no aquém. Os princípios éticos não podem ser reduzidos nem à religião nem à ideologia política, podendo-se, contudo, expressar em diferentes morais e costumes!...

Na moral cristã o soberano é o indivíduo e na moral secular o soberano é o colectivo...

A ideia da moral secular de que atitudes éticas constituem elas mesmas a própria recompensa não tem em conta a natureza humana e carece de sentido que vá além das necessidades individuais e sociais (e como tais limitadas a um tipo de sistema ou regime político-social controlador). O ser humano passa a ser o fim de e em si mesmo, o que contradiz o desenvolvimento aberto da natureza, pois em toda ela se constata que há um sentido e este se processa de baixo para cima...

Os arquitetos de uma nova sociedade tentam criar uma supraestrutura comum, mas confrontam-se com uma sociedade multicultural com fronteiras culturais e religiosas e com diferentes medidas do que é certo e do que é errado (veja-se cristianismo, islão e materialismo) ...

A pessoa é mais que a sua convicção ou mundivisão e por isso não pode ser avaliada pela sua simples convicção nem pela sua função social...

A ideia da globalização e da moral secular não pode passar por cima dos diferentes biótopos culturais nas suas diferentes maneiras de ser, estar, pensar, sentir e agir (a liberdade que pretende para a pessoa deve possibilitá-la aos biótopos culturais)!...

O fomento da autonomia e da livre vontade, que a moral secular (contraditoriamente) quer ver como propriedade sua, esquece que a pessoa mesmo “autónoma” se define também pelo outro (um tu) e se encontra integrada num meio social e cultural...

Pouco a pouco o Estado foi assumindo ao longo da História o caracter humanitário do cristianismo...

Dignidade humana, autonomia e comunidade são factores complementares que não se podem colocar uns contra os outros, tal como não se deve afirmar o Estado à custa da religião nem a religião à custa do Estado; a realidade social em que nos encontramos obriga uns e outros a atuarem numa atitude de subsidiariedade e de complementaridade sem se combaterem para assi se iniciar uma cultura de paz...

O razoável mais natural é afirmar a diversidade dos biótopos culturais que na sua realização contribuem para um melhor espelho da felicidade da sociedade e do globo (na natureza e sua paisagem temos um sobreiral ao lado de um pinhal e de um eucaliptal sem que um espaço tenha de negar o outro nem de excluir outros!) ...

Querer fazer derivar o respeito e o reconhecimento da dignidade humana da justiça social seria cair num círculo vicioso dado a justiça partir da dignidade e do respeito...

A substituição da divindade pela ciência, como pretende a moral secular, também não é consistente dado a própria ciência estar sujeita a mudanças e à confirmação de hipóteses. A moral profana pressupõe o Estado e este revela-se de caracter frágil no decorrer do tempo. Os laços de solidariedade e de justiça social são insuficientes para vincular uma consciência, deixando-a presa ao direito positivo variável, e como tal manca no que respeita à motivação e ao compromisso com a justiça e a solidariedade...

A autoridade moral não pode ser preceituada e pretender baseá-la em estatísticas seria algo aleatório...

Observa-se que uma sociedade ao tornar-se multicultural, para se justificar e autoafirmar inclui nela a luta contra a tradição da maioria e contra a tradição servindo-se para isso de um liberalismo maléfico que conduz ao individualismo deserdado.... uma vez perdida a herança cultural perde-se também a sociedade/povo que, na consequência, passaria a ter uma expressão meramente individualizada, caótica e autoritária...

No experimento de um mundo a tornar-se multipolar, tanto as morais religiosas como as morais seculares terão de empreender uma relação de convívio harmonioso na consciência de que são membros ou especificidades dinâmicas de um só corpo...

Nesse sentido seria de se integrar a nível individual e social o Princípio Jesuíno: a Deus o que é de Deus e ao Estado o que é do Estado salvaguardando a soberania da consciência de cada pessoa sem que esta pretenda exercer a soberania sobre o outro. Pressupõe-se, para isso, o reconhecimento recíproco na base do diálogo e do compromisso, na certeza, porém de que a resposta dada pelo cristianismo como modelo abrangente para toda a humanidade tem um caracter de matriz a não perder...

É por isso que a civilização ocidental, sem renunciar ao que foi alcançado, deve reconhecer o pai e a mãe da sua cultura: o judaico-cristão como mãe e o greco-romano como pai.

 

António da Cunha Duarte Justo

Teólogo e Pedagogo

Texto completo em Pegadas do Tempo: https://antonio-justo.eu/?p=9220

sexta-feira, 3 de maio de 2024

Reivindicação de teocracia como forma de incursão?

 

 

MANIFESTAÇÃO ISLAMISTA EM HAMBURGO CONTRA OS VALORES OCIDENTAIS

 

 

A marcha islâmica de 27 de abril em Hamburgo reuniu mais de 1000 manifestantes com dizeres como: “Alemanha = valores da ditadura" e o „Califado é a solução"(1)!

A disputa contra a ofensiva islamista na Europa encontra os seus limites na própria doutrina islâmica e nos interesses ideológicos partidários empenhados em ganhar clientela e em concretizar agendas contrariadoras da opinião maioritária. Por isso no que toca às palavras dos políticos vale o ditado de Lutero: “Muitas palavras, pouca oração”!

Os governantes, além do mais, não agem porque não se interessam em conhecer a doutrina islâmica que se encontra no Corão + Sharia + Ditos e Feitos de Maomé (os Ahadith) e que impede até os próprios muçulmanos liberais de se insurgirem em público contra o extremismo islâmico...

A agenda anglo-saxónica, que nos domina também através de agendas provindas da ONU onde se esconde o sentido de desconstruir a cultura ocidental e em especial o catolicismo (na qualidade de instituição global), favorece agendas políticas sob a orientação de minorias contra qualquer consenso...

Muçulmanos que se sentem moralmente superiores não hesitam em defender a luta contra a ordem básica democrática livre e contra o estado constitucional. Segundo sondagens feitas num dos Estados da RFA, 49% dos alunos islâmicos preferem o Califado = teocracia ao sistema de valores europeus (2)! Embora tendo razões factuais para serem críticos perante o sistema ocidental, como cidadãos dele, é incoerente repeli-lo...

O islão é favorecido pelas elites por constituir um movimento que ajuda a abater uma sociedade maioritária baseada nos valores tradicionais ocidentais. O islão serve os seus interesses pelo facto de a pessoa no islão não ter valor próprio, mas apenas na medida em que funciona em benefício do sistema, do colectivo...

Do partido FDP surgiram vozes apelando para que apoiantes do Califado (teocracia) sejam deportados do país (mas também este apelo é em vão dado muitos dos manifestantes terem nacionalidade alemã ou dupla: a maioria são jovens).

Uma realidade que os políticos não quererem reconhecer é o facto de a radicalização dos muçulmanos ser protegida e baseada no Corão...

Este sistema político sob forma religiosa é tão coerente e eficiente em si que mesmo passados séculos são formadas monoculturas islâmicas ou independências políticas como aconteceu no Kosovo e na Albânia que no século XV foi islamizada aquando da invasão turca) ...

O Islamismo está a espalhar-se pela Europa e não se limita à determinação do vestuário nem à imposição de hábitos alimentares nas instituições públicas; ele consegue já determinar o que pode ou não ter espaço na cabeça das pessoas e tem grande influência política exagerada dado ter uma representação desproporcional nas instituições políticas e sociais...

 

A ameaça dos islamistas é negligenciada porque a luta contra o antissemitismo e contra o extremismo de direita é considerada uma prioridade no interesse dos partidos...

 

António CD Justo

Texto completo e notas em Pegadas do Tempo: https://antonio-justo.eu/?p=9216

 

No Ranking de Liberdade de Imprensa 2024: Portugal ocupa o 7º Lugar USA o 55.º Brasil o 82º

 

3 DE MAIO DIA MUNDIAL DA LIBERDADE DE IMPRENSA

 

 

As democracias prosperam com base na troca de opiniões, na liberdade de imprensa e no respeito mútuo.

Neste dia é comemorada toda a gama de restrições à liberdade de expressão e em especial os jornalistas perseguidos e assassinados. A organização de jornalistas Repórteres Sem Fronteiras (RSF) queixou-se do aumento da violência contra profissionais da comunicação social em todo o mundo no contexto das eleições.

Esta é uma dolorosa ferida aberta na democracia, na qual estão envolvidos todos os lados e interesses na sociedade. Esta ferida aberta deve-se não só aos regimes políticos que restringem a liberdade de expressão e perseguem ou discriminam jornalistas, mas também aos regimes que manipulam a informação de modo a formatar a consciência social e individual no sentido dos seus interesses e à margem do bem comum (a ameaça aos Media vem da defesa de interesses afirmados à custa das populações na ideia de que quem controla a informação tem o poder sobre a consciência social). Os regimes políticos, em princípio, não estão activamente interessados na liberdade de imprensa nem em promover um jornalismo plural e por isso aumenta a pressão política sobre os jornalistas em geral. A desinformação é uma praga que se alastra progressivamente e vinda de todos os lados.

A classificação dos 180 estados do ranking da liberdade de imprensa regista, em 2024, a Noruega em 1.º lugar, a Dinamarca em 2.º, seguida pela Suécia (3.º), Países Baixos (4.º), Finlândia (5.º), Estónia (6.º), Portugal (7.º), Irlanda (8.º), Suíça (9º), Alemanha (10º); USA (55.º), Brasil (82º), Angola (104º), Moçambique (105º), Turquia (158º), Rússia (162º), China(172º). ....

No final da classificação estão a Eritreia (180º), Síria (179º), Afeganistão (178º), Coreia do Norte (177º) e Irão (176º).

Lista dos países por ordem em nota (1).

A comemoração é realizada anualmente em 3 de maio desde 1994 para monitorar violações da liberdade de imprensa.

António da Cunha Duarte Justo

Nota em Pegadas do Tempo: https://antonio-justo.eu/?p=9210