domingo, 13 de dezembro de 2009

ISLÃO TAMBÉM PPREOCUPA OS ALEMÃES

O Islão não conhece a dúvida metódica
António Justo
O medo duma expansão incontrolada do Islão também se encontra muito generalizado entre os alemães, tal como revela um inquérito da ARD publicado dia 11.12.09. Dos mil inquiridos 39% responderam que tinham um pouco de medo e 36 % manifestam grandes preocupações enquanto que 22% dos alemães não vêem nenhum problema no Islão.

O arcebispo de Bamberger apelou aos muçulmanos que vivem na Alemanha a defenderem a construção de igrejas em países de tradição islâmica, por exemplo na Turquia e na Arábia Saudita.

Apelos inocentes à margem da realidade duma cultura hegemónica e que esquece que no Ocidente a verdade do Islão está condicionada à realidade do petróleo. Para o Ocidente o que interessa é o pão e não a devoção. Esta está pertence aos devocionários da política. E o mundo muçulmano tem pão e devoção para dar.

Os muçulmanos e seus chefes estão seguros de que a sua religião é a única religião verdadeira pelo que não permitem a divulgação de outras religiões nos seus territórios e acham legítima e óbvia a construção de mesquitas noutros países sem qualquer contrapartida. Argumentam que não podem permitir no seu país a divulgação do erro, uma vez que só eles possuem a verdade! Esta lógica imperialista é para eles matemática; não conhecem a dúvida metódica.

Os clérigos islâmicos só aceitam o Islão como religião verdadeira e afirmam com toda a naturalidade: “Só nós sabemos com toda a segurança que estamos no correcto e os outros não. Eles não estão seguros se a sua religião é verdadeira. Se estivessem tão seguros então porque permitem que coisas incorrectas se preguem nos seus países? Nós estamos seguros de que o Islão é a única religião verdadeira. Eles sabem de ciência e de tecnologia, que nós aceitamos, mas não de religião. Em religião somos nós os peritos.”

Hitler também estava convencido da exclusividade da sua verdade e expressou-o no seu livro “Meu Combate”, onde a hegemonia é meta, e que depois foi proibido pelos alemães! Seria interessante fazer-se um estudo comparativo entre o “Meu Combate” e o Corão!
Nada se toma a sério. Assim se deixa melhor viver à custa do homem e dos seus direitos! Nestes sistemas toda a paz tem o seu preço, a guerra! Reina a emoção e não a razão!

António da Cunha Duarte Justo
antoniocunhajusto@googlemail.com

domingo, 6 de dezembro de 2009

CRISTÃOS PERSEGUIDOS NO MUNDO MUÇULMANO

Intolerância Religiosa – Uma moderna forma de Imperialismo
António Justo
Independentemente duma avaliação da decisão dos suíços contra a construção de minaretes é incompreensível o melindre da reacção no mundo árabe. Um mundo de intolerância religiosa como não há igual protesta como se na Suiça não houvesse liberdade religiosa para os muçulmanos. Habituados a expandir sem contrapartidas e a discriminar sem que os políticos ocidentais reclamem, nem sequer notam a atitude descarada que tomam. O Islão é uma religião política sem lugar para uma sociedade aberta. Os cristãos ficariam felizes se nos países islâmicos lhes fosse dada a liberdade de prática religiosa como na Suiça.

À medida que a religião cristã se retira dos grémios de decisão da cultura por ela formada e segue o espírito do tempo, surge o Islão que pouco a pouco vai ocupando o seu lugar.

Facto é que o individualismo extremo e o relativismo do Ocidente fomentam a necessidade da religião islâmica. Ela não pode ser atacada pela sua metodologia expansionista. A sua força dá-lhe razão.

A intolerância religiosa revela-se hoje como uma forma prática e eficiente de expansão do imperialismo cultural islâmico. É talvez a sua forma de desforra perante o domínio económico ocidental.

Enquanto o jornalismo ocidental se perde em discussões inúteis de ataques ao papa com o "crime" dos preservativos, o mundo muçulmano tem um outro discurso que se pode resumir nas palavras do primeiro-ministro da Turquia, o senhor Erdogan que diz:"Os minaretes são as nossas baionetas, as cúpulas os nossos elmos, as mesquitas as nossas casernas, os crentes os nossos soldados..." in HNA3.12.2009. A saudade do poder hegemónico sobre o Próximo Oriente e Cáucaso está hoje mais que presente na Turquia que se sente com poder e consciência nata para congregar em seu torno parte dos estados islâmicos.

O Ocidente invade-os com as suas tecnologias e eles em contrapartida constroem nas sociedades ocidentais os seus guetos islâmicos que se afirmam a pretexto da liberdade religiosa. Nos países de cultura cristã exigem que se respeite o seu gueto e a construção de mesquitas e nos seus países islâmicos defendem a intolerância religiosa e a demolição do que não seja ou não se torne islâmico, muito embora os cristãos se encontrassem já nestas regiões antes do Islão ter chegado. A intolerância conduziu à extinção dos cristãos ou quase extensão como aconteceu na Turquia, que duma percentagem de cerca de 25% de cristãos nos inícios do século passado, passaram hoje a uma percentagem muito abaixo do 1%.

Os Cristãos constituem o grupo religioso mais perseguido no mundo. A Organização “Open Doors” alerta: “Actualmente assiste-se à maior perseguição dos cristãos de todos os tempos”. Uma voz no deserto. Os políticos ocidentais calam-se por oportunismo e os bispos cristãos têm de calar para impedir represálias maiores. Os cidadãos ocidentais preferem a indiferença e não saber para não sofrer! Deste modo impedem também o desenvolvimento do Islão.

A violência contra os cristãos é especialmente forte nos países islâmicos e nos regimes comunistas. Sistemas hegemónicos totalitários fascistas não suportam uma cultura que defenda a integridade e a inviolabilidade individual da pessoa perante o Estado e a Religião.

No Paquistão a destruição de igrejas e a perseguição dos cristãos é legalizada sob o manto da “Lei contra a Blasfémia” de 1986 que ameaça com a pena de morte quem difame o Corão ou Maomé. Segundo Peter Jacob do movimento “Pax Christi”, esta lei serve de pretexto para perseguir cristãos e muçulmanos moderados.

Na Coreia do Norte encontram-se milhares de cristãos em prisões e em campos de concentração. Os comunistas lembram-se que a queda do “muro da vergonha”e a derrocada dos regimes totalitários socialistas do Leste também teve a ver com a acção dos cristãos que defendiam a liberdade individual e os mais oprimidos do sistema.

Na China o Governo não tolera que cristãos anunciem o evangelho encontrando-se também padres e bispos em prisões, em campos de trabalho e muitos desaparecem sem rasto.
Na Nigéria a violência aumenta também a olhos vistos.

”Especialmente no Paquistão, em parte da Índia e do Extremo Oriente os cristão são tidos como gente típica do Ocidente”, afirma Eberhard vom Gemmingen da Rádio Vaticano. Todo o mal é visto como vindo de fora e é atribuído ao imperialismo americano que identificam com o cristianismo, como ameaça.

Cristãos são perseguidos, aprisionados e discriminados, porque neles projectam o negativo da cultura islâmica: prática da hegemonia, que se expressa a nível interno na identificação do cidadão com o crente islâmico e a na diáspora na construção do gueto em oposição ao ambiente circundante.

A presença islâmica e consequente islamização da sociedade é vista com certa apreensão por muitos europeus ao contrário do que acontece em relação à presença de judeus, budistas ou outros. O Islão é hegemónico e considera tudo o que está fora dele como inferior, como região do combate. A religião de Maomé consolida-lhes o passado e possibilita-lhes o futuro, além de ser um factor de identificação num contexto supranacional. O conceito cristão da dignidade pessoal e da liberdade de consciência individual é antagónica a uma cultura de estruturas nómadas. A sua força de identificação contrapõe-se ao processo decadente ocidental em que um secularismo cego se afirma no desprezo da religião. O contexto judaico – cristão criou a modernidade. Duma maneira geral, o muçulmano, religioso integral, vê no cristianismo uma realidade fraca e decadente de que o modernismo e o secularismo são expressão. O modernismo ocidental, a emancipação, a desmontagem da família, o liberalismo sexual é para ele uma provocação, uma ameaça à cultura.

Na Índia, hindus perseguem brutalmente cristãos porque vêem neles uma provocação.
Embora os cristãos se encontrem na Índia desde os princípios do Cristianismo, a agressão contra os cristãos deve-se ao facto destes recrutarem novos adeptos das castas inferiores que vêem no cristianismo uma religião que lhes devolve a voz.

Na Turquia e no Norte de África, embora o Islão seja posterior ao cristianismo, a sua doutrina da intolerância e de expansão não consente gente doutro pensar. Os cristãos até na Turquia são perseguidos e discriminados sendo mesmo identificados com um número específico no bilhete de identidade. Assim torna-se mais fácil obstar a que façam carreira no Estado. A política da intolerância e o fascismo religioso revelam-se como adequada estratégia imperialista de povos religiosamente fortes mas sem a força económica e tecnológica dos tempos modernos.

A lição da Sérvia e do Kossovo revela que quem aposta na religião tem garantido o poder futuro até mesmo sobre as democracias, uma vez alcançada a maioria. O Islão ganha terreno em todas as frontes não só pela coesão da sua religião mas também pelo interesse do capitalismo nas suas riquezas energéticas e até por uma esquerda ocidental que aposta nele como forma de estar autoritária mais compatível com o socialismo marxista. Assim, governos atentos a indícios de fascismo dentro da própria sociedade, deixam-no entrar pela porta traseira da religião.

Na Alemanha entram por ano 600 chefes religiosos (Imâns) da Turquia sem qualquer controlo enquanto que na Turquia só é permitido um padre católico para toda a Turquia não sendo permitida a construção nem restauração de igrejas. Assim dão oportunidade a que as forças mais extremistas da religião se afirmem impedindo a formação de grupos laicos e renovadores dum Islão moderno compatível com a sociedade acolhedora. A doutrina cristã que privilegia a pessoa em relação ao Estado e às instituições é tida em regimes marxistas e fascistas como um perigo para o Estado.

Toda a religião e doutrina que se empenhe na libertação do Homem e na defesa dos pobres e oprimidos e na mudança das relações vigentes serão depreciadas pelos mais fortes.

Nos países de cultura cristã, os muçulmanos são protegidos e apoiados até na construção de templos (mesquitas) enquanto que os cristãos em países muçulmanos se encontram em perigo de vida e são vítimas da intolerância.

A palavra de ordem da Igreja é aguentar, na esperança de novos tempos dum Islão e dum Comunismo mais tolerantes. O cristão não está legitimado a reagir com violência, em nome da religião. Naturalmente que a pessoa da rua não compreende que o Islão deva ser respeitado enquanto que o cristianismo deva ser posto à disposição como aconteceu em Portugal com o socialista Sócrates que mandou banir os crucifixos das escolas. A cruz quer-se tabu enquanto que o símbolo religioso do lenço na cabeça das mulheres se deve tornar chique. A tolerância não pode ser uma estrada dum só sentido.

Para o cristão a pessoa é que merece protecção independentemente de estado, raça ou religião. Enquanto que o Cristão está chamado a ser solidário com todo o ser humano, o muçulmano está chamado a ser solidário com o muçulmano. Aqui está a diferença. A diferença está documentada no Novo Testamento e no Corão. Uma leitura dos dois ajudará a compreender a diferença entre as duas maneiras de estar na vida. Na civilização árabe a ciência e a sociedade encontram-se subjugadas à religião que não deixa despontar o valor da subjectividade no indivíduo. Só conhece o sentimento colectivo religioso e o valor ordenador da tribo ou família.

Duma maneira geral, a sociedade islâmica é deficitária a nível do indivíduo e rica a nível do nós (comunidade) enquanto a sociedade ocidental é deficitária no nós para ser pródiga com o indivíduo. A nossa civilização não pode cantar de galo porque não é melhor que a islâmica. Resta abertura para aprendermos uns dos outros.
António da Cunha Duarte Justo
antoniocunhajusto@googlemail.com

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

SUÍÇOS VOTAM CONTRA A CONSTRUÇÃO DE MINARETES



António Justo
No domingo passado num plebiscito nacional 58% dos votantes suíços votou pela proibição da construção de mais minaretes na Suiça. Participaram no plebiscito 54% dos cidadãos com direito a voto.

Minarete significa “farol” e dele se chamam os muçulmanos à oração, cinco vezes ao dia. Na Suiça há 400 mesquitas e quatro com minaretes. Minaretes podem ser comparados com as torres das igrejas.

Os iniciadores do plebiscito advertiam para o perigo duma “islamização sorrateira” da Suiça e para os minaretes como símbolo de reivindicação do poder islâmico. O governo, a maioria parlamentar, as igrejas e os grémios da economia tinham-se declarado contra tal iniciativa.

Os Suíços são um povo muito ciente da sua democracia directa e dos plebiscitos populares praticados desde há 400 anos. Com 22% de estrangeiros a Suiça tem-se mostrado muito civilizada não tendo havido até hoje, no país, acções agressivas contra estrangeiros. A população muito ciente da tradição tem medo de símbolos de domínio e da islamização da sociedade. O povo ainda tem presente a Fatwa contra Salman Rushdie, os problemas na Holanda e as caricaturas sobre Maomé na Dinamarca. Certamente que não se trata de xenofobia dado o povo não criar problemas a budistas, judeus, hindus e outros. Acção e reacção parecem encontrar-se em proporção.

O que se pode já concluir, perante o resultado desta votação, é que o povo pensa diferente da classe política e dos meios de comunicação.

A contracção de mesquitas para muçulmanos tem sido uma grande prova da capacidade de diálogo por parte da população dos países de tradição cristã. De facto muitos muçulmanos com a sua tendência para se encerrarem em guetos e provenientes de países em que se perseguem os cristãos ou pelo menos se impede o exercício das suas actividades cristãs e a construção de igrejas duma tradição de perseguição dos cristãos não predispõem a uma abertura natural. A Alemanha com três milhões de muçulmanos tem 206 mesquitas com minarete, mais 120 em construção e 2.600 recintos de oração.

Naturalmente que a liberdade religiosa a que uns têm direito não se pode impedir aos outros.

A verdadeira questão a pôr-se seria: que papel desempenham as mesquitas para a integração e para o convívio entre cidadãos estrangeiros e cidadãos naturais. Respondem à tolerância com tolerância, dão impulsos para a integração, fomentam o gueto e trabalham para uma cultura aberta? Aqui há grandes deficits. Em torno das mesquitas formam-se verdadeiras ilhas dentro da sociedade. Aqui têm dormido os políticos. E depois admiram-se da reacção do povo!

O povo tem a impressão de que a mesma Europa que destrói os símbolos cristãos se apressa em fomentar outros símbolos. Tolerância e intolerância são as duas faces da mesma moeda!

Importante seria que o Estado interviesse só onde se pregasse o extremismo.

© António da Cunha Duarte Justo
antoniocunhajusto@googlemail.com