sábado, 3 de outubro de 2015

Polícia toca Alarme - Quem é Agressivo tem Vantagens



CONTENDAS EM CASAS DE ACOLHIMENTO DE REFUGIADOS NA ALEMANHA

António Justo
Só no mês de Setembro entraram na Alemanha mais de 270.000 refugiados. Mais de metade dos refugiados tem idade inferior a 25 anos. Devido à “política de bem-vindos” de Merkel, aumenta o borborinho na sociedade alemã; o grau de popularidade da chanceler Merkel já desceu 9 pontos passando para o 4° lugar quando antes mantinha sempre o 1° lugar (Conta agora, apenas com 54% de cidadãos que aprovam a sua política, Wolfgang Schäuble passou para 1° lugar). Reformados e grupos carentes vêem cada vez menos dinheiro no orçamento alemão e contam já no próximo ano com pioramento da sua situação. O interesse e o medo tendem a desequilibrar-se. Em vários centros de acolhimento de refugiados há pancadarias entre grupos de refugiados; há médicos que já só querem entrar em centros de refugiados se acompanhados pela polícia. O sofrimento cria sofrimento.

Custa à imprensa alemã informar sobre tais casos para não fomentar sentimentos de agressão contra os refugiados mas atendendo à frequência das acções violentas entre estes, vê-se obrigada a deixar passar alguma informação em primeiro plano.

Em muitos casos, refugiados já traumatizados trazem os conflitos consigo, acrescentados por situações que não correspondem ao que tinham sonhado quando se puseram a caminho da Europa. A potencialidade dos conflitos é grande, se atendermos aos traumas da guerra, à longa caminhada até cá e que nos mesmos alojamentos se encontram muçulmanos sunitas e xiitas em guerra entre si, etnias e nações com interesses e costumes diferentes, cristãos que tiveram de fugir dos países devido à perseguição muçulmana, sofrendo agora a continuação da violência nos alojamentos, além do mais também os refugiados do Leste Europeu sem direito a asilo que esperam da sua estadia uma mesada superior à que recebem no emprego nas suas terras. Por estas e por outras o governo já determinou medidas tendentes a apressar o processo de asilo e em determinados casos optou por distribuir géneros em vez de dinheiro.

Para ajudar os estados federados e os municípios, o governo federal reembolsa-os em 670 euros por mês e por cada refugiado, comparticipando assim nos elevados custos dos estados federados e dos municípios. O apoio é concedido até que termine o processo de asilo de cada um. Uma vez reconhecido o direito a asilo, os asilados entram no sistema geral alemão de apoio social Hartz IV, tal como qualquer alemão necessitado.

Nalgumas casas de acolhimento de refugiados as contendas têm escalado. No alojamento de Calden-Kassel que foi concebido para 1.000 refugiados, agora com 1.750 refugiados de 20 nações, deu-se agora, depois de outras querelas, uma pancadaria com paus e gás de pimenta em que participaram 370 refugiados (albaneses e paquistaneses) e a que acorreram 50 polícias; 14 refugiados e três polícias foram feridos (http://zu.hna.de/calden2909). Polícias queixam-se que para acorrerem aos alojamentos já lhes falta o tempo para observarem os meios da droga e outros sectores de observação.

Nas palavras de Rainer Wendt chefe do sindicato da polícia, no “Passauer Neue Presse”, revela-se muita experiência recalcada e frustração acumulada, partilhada pelos colegas polícias nas suas intervenções em casas de alojamento de refugiados: "Temos experimentado essa violência durante semanas e meses. Juntam-se em grupos de acordo com etnias, religião ou com estruturas de clã e vão uns contra os outros com facas e armas caseiras”. "Islamitas querem impor lá os seus valores e a sua ordem". A minoria dos cristãos deveria, ser colocada, nas casas de alojamento de refugiados "sob protecção especial" porque é, muitas vezes, perseguida de forma maciça.

Muitos não se comportam como hóspedes e muitos refugiados alemães que depois da segunda guerra mundial vieram para a Alemanha (11 milhões) e viveram durante anos em alojamentos muito precários para refugiados, custa-lhes a compreender o comportamento e exigências de muitos refugiados de hoje.

Com a miséria e despovoamento da Síria, a longo prazo ganham os que querem lá a guerra. A Alemanha com tanta imigração rejuvenesce-se e cria maior concorrência no mercado de trabalho e deste modo disciplina o próprio operariado na concorrência europeia e globalista que quer uma precaridade comum aos diversos Estados. Assim evita uma flutuação de carentes entre os vários sistemas de apoio social da União Europeia.

Porque não se dá o mesmo direito aos que solicitam asilo nas embaixadas como aos que são transportados por quadrilhas que rebocam fugitivos que tiveram de pagar entre 4.000 e 8.000 euros aos que organizaram o seu transporte?

Que se faz contra os bandos de candongueiros ou traficantes? A proposta de lei do governo contempla um mínimo de três meses de cadeia para tais delitos. Porque é que alguns partidos de esquerda se opõem a medidas concretas contra os traficantes?

A crise dos refugiados continuará enquanto as potências continuarem a lucrar e ganhar créditos com a desestabilização dos países através da guerrilha e da morte.

O problema dos refugiados sírios resolve-se quando os governos dos USA, Rússia, Arábia Saudita e Irão se juntarem a uma mesma mesa; para isso a elite europeia terá de deixar de jogar com eles o jogo sujo e disser à população o que verdadeiramente se passa e os motivos que a levam a actuar assim. Os responsáveis conduzem lá fora a guerra sangrenta de que os países e os refugiados são vítima e cá dentro na Europa conduz-se a guerra mediática de que somos nós as vítimas. Na realidade, a política internacional conflituosa e de rivalidade entre os USA e a Rússia, entre os xiitas e sunitas, são os responsáveis por uma situação de destruição de nações e por uma nova situação na sociedade europeia de consequências futuras imprevisíveis. O vice-presidente do Parlamento Federal, Singhammer solicita a limitação do direito dos refugiados ao reagrupamento familiar. Refere que os 200.000 refugiados da síria na Alemanha trariam consigo um "potencial de reagrupamento ” para a Alemanha de 600.000 familiares.

A Liga dos Direitos Humanos IGFM em Frankfurt expressou que a proteção do direito de asilo exige um não ao abuso. A maioria dos migrantes vem de países seguros onde não há perseguição política. Há dias em que entram na Alemanha 10 000 refugiados.

O político dos Verdes Jürgen Trittin acaba de afirmar: "A Alemanha está a desaparecer a cada dia que passa". Claudia Roth, do mesmo partido, comentou: "Alemães são Não Migrantes. Nada mais." A sociedade europeia, devido à irresponsabilidade política cada vez se radicalizará mais.
António da Cunha Duarte Justo
“Pegadas do Tempo” www.antonio-justo.eu

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