terça-feira, 11 de outubro de 2011

Da Primavera Árabe sobressai o Extremismo no Egipto

Junta Militar governante interessada na Desestabilização António Justo No Egipto, Cairo, foram assassinados 20 cristãos coptas. Domingo à noite demonstravam contra um ataque incendiário a uma Igreja efectuado por muçulmanos na região de Assuão. Os cristãos responsabilizam bandidos islamistas e pessoal do exército pela escalação de demonstrantes e contra demonstrantes. A junta militar governante do Egipto está interessada no conflito entre muçulmanos e coptas. Há acusações que afirmam que a junta militar incita os ataques aos cristãos. A desestabilização do país interessa especialmente aos militares, que não querem perder os seus privilégios. O adiamento das eleições parlamentares previstas em Novembro constitui uma ameaça aos privilégios dos militares e aos familiares de Mubarak. Em nome da desestabilização as forças militares ganham peso como factor de ordem. O ataque incendiário à Igreja de Assuão terá sido efectuado com a aprovação do governador muçulmano da região. Segundo informação da organização dos Direitos Humanos „Egyptian Union for Human Rights“ depois da queda de Mubarak já fugiram do país 100.000 cristãos. No Egipto há 74 milhões de muçulmanos e quase 9 milhões de cristãos coptas. No mundo há 15 milhões de coptas. Com a islamização a partir de 640 foram-se reduzindo até à sua expressão actual. A História de discriminação e perseguição parece dar razão a quem usa da espada para se impor e não apenas da palavra. Como advertiam conhecedores da política muçulmana, a primavera árabe, embora expressasse um desejo legítimo, não podia passar dum desejo pio. Para haver democratização são precisas forças mínimas de individuação contrariadoras do colectivismo e do dirigismo. Infelizmente não há ninguém no mundo e nas religiões que não faça erros. Há porém uma diferença entre erro e assassinatos em massa. António da Cunha Duarte Justo antoniocunhajusto@googlemail.com www.antonio-justo

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