O Centralismo tem vivido à Custa do
Empobrecimento das Regiões
Só a criação de uma taxa de solidariedade sobre o rendimento nacional (PIB) e a ser distribuída pelas regiões defraudadas do país poderá obstar aos malefícios criados por um centralismo irracional.
A exigência da descentralização seria muito oportuna e legítima se impedisse a hidrocefalia da capital portuguesa e obrigasse a política a ter uma acção responsável também em relação a tudo o que não é Lisboa, mas não na condição de vir a criar mais tachos para boys de partidos.
A oligarquia de Lisboa e o jornalismo da capital não têm estado interessados em empenharem-se pela casa toda que é Portugal.
Aos políticos tem-lhes bastado uma boa sala de visitas (Lisboa) para receber e deslumbrar os seus amigos estrangeiros e ao mesmo tempo encobrir misérias.
Uma política com responsabilidade para as regiões preocupar-se-ia também com o interior de Portugal e teria de transferir algumas instituições do Estado centralizadas em Lisboa, para regiões desfavorecidas.
No contexto político em que nos encontramos e atendendo a vir a proposta de onde vem, antes da reforma administrativa urgiria a criação de uma sobretaxa de solidariedade europeia e ao mesmo tempo um subsídio de solidariedade fiscal em relação às regiões portuguesas depauperadas; para tal seria necessária uma reforma administrativa que ultrapassasse um certo pensamento jacobino europeu (2) poderia vir depois.
Pelo que me é dado observar, uma reforma administrativa, no contexto da mentalidade que domina os nossos governantes seria também ela mais uma medida de abuso no sentido de açaimar o Estado português aos interesses de alguns!
António da Cunha Duarte Justo
Notas em
Pegadas do Tempo, https://antonio-justo.eu/?p=5721
nio-justo.eu/?p=5721
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