De evitar uma segunda volta
António Justo
Tanto nas eleições para o parlamento como agora para as presidenciais, poder-se-ia dizer: Vira o disco e toca o mesmo! Nos meios de comunicação das redes sociais, a nível de comentários, a argumentação é substituída pelo falar mal ou pela distribuição de culpas a este ou àquele candidato.
Tanto nas eleições para o parlamento como agora para as presidenciais, poder-se-ia dizer: Vira o disco e toca o mesmo! Nos meios de comunicação das redes sociais, a nível de comentários, a argumentação é substituída pelo falar mal ou pela distribuição de culpas a este ou àquele candidato.
Em questões de governos,
e políticos, o povo esquece que não tem grande razão para se queixar: de facto,
cada povo tem os representantes que merece; por isso, o povo português se
desculpa
decretando: „A culpa morreu solteira" e justifica logo a seguir:
"Casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão"! Estas
sabedorias populares revelam um seu momento curto de lucidez! Penso que a
principal razão para não termos razão nem pão assenta no facto de o povo se
encontrar, desde o início da República, distribuído pelo papo de alguns e,
devido a isso, o país em vez de pensar pela própria cabeça acha mais cómoda a
alternativa: pensar pelo papo de alguns ou abster-se de pensar. A inocência do
não saber (não querer saber) só ajuda o oportunismo dos que querem poder.
Atendendo ao governo
de esquerda que precisa de actuação mais moderada e à certeza que Marcelo
Rebelo de Sousa será o próximo presidente, seria bom que não houvesse grande
percentagem de abstenções no próximo Domingo, para que o Estado não tenha de
gastar mais milhões numa segunda volta. De facto nenhum dos outros candidatos
terá oportunidade de ser eleito e evitar-se-ia perca de tempo em discussões lançadas ao ar.
António da
Cunha Duarte Justo
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