POLÍTICA TURCA CONSEGUIU MINIMIZAR OS CRISTÃOS DE 20% PARA 0,2% EM 100 ANOS
Estado turco confisca Património cultural cristão
António Justo
O Estado turco acaba de confiscar, pelo menos, 50
conventos, igrejas e cemitérios, dos cristãos ortodoxos sírios
(Armênios/sírios) transferindo a sua posse para a Repartição estatal da
religião islâmica. À perseguição e discriminação dos cristãos vem juntar-se a
expropriação do seu património cultural. Com esta medida o governo pode vender e
transformar em mesquitas e museus o património dos cristãos.
A Turquia considera-se exemplar, na tradição do
holocausto aos cristãos arménios e da política muçulmana de estabelecer uma
monocultura no exterior através de guetos e de procriação e no interior através
da discriminação e da negação ao direito de cristãos se organizarem-se como
personalidade jurídica;
isto corresponde à negação da existência pública a grupos não muçulmanos; deste
modo, outros estão expostos às arbitrariedades de um estado hegemónico já com
99% de muçulmanos, quando em 1914 os cristãos constituíam, na região, ainda 20%
da população. Hoje são apenas 0,2% (125.000). A diminuição deve-se ao genocídio
(mais de um milhão foram mortos 1915-1917), à expulsão e à discriminação
sistemática por um Estado que se quer monocultura.
Também milhares de arménios tinham já sido expropriados pelo Estado turco
nos últimos 15 anos (HNA, 4.07) na região do sudeste da Anatólia. O convento
Mor Gabriel na região Midyat que data do ano 397 ainda é sede do bispado. Os
arménios são dos mais antigos povos cristãos a viver na região, já desde o
tempo dos apóstolos.
Os arménios também são oprimidos e expulsos das suas residências pelos
partidos de conflito entre o Estado turco e os curdos. Em Tur Abdin já só vivem
2.000 arménios, o resto pediu asilo na Europa.
A igreja evangélica na Alemanha já protestou
contra as expropriações, considerando tal prática um “acto consciente de destruição
da cultura” na região Tur Abdin..
O islamista Recep Tayyip Erdogan implementa consequentemente a monocultura
islâmica na sociedade turca. Conta com a indiferença dos países
ocidentais apenas interessados no negócio e sabe que, devido à densidade
cultural histórica no país, atrairá sempre o turismo internacional, podendo-se
permitir não suportar senão referências ao islão e ter todas de minorias sob
controlo na perspectiva islâmica. Na Turquia é possível identificar-se um
cristão através de um número do Bilhete de identidade. Assim o Estado e
instituições têm mais facilidade em discriminar os seus cidadãos porque só
confia em muçulmanos nas altas hierarquias e instituições.
A Turquia, um exemplo de país muçulmano moderno, é um bom exemplo de como o
islão mais avançado realiza o seu futuro. A cegueira da humanidade é tanta que,
a poder de tanta ideologia na cabeça, já não consegue ver nem interpretar a
realidade dos factos; nega-se a discutir factores culturais da própria
identidade para fomentar a expansão da alheia, sem haver reciprocidade de
atitudes e comportamentos. Enfim, a irresponsabilidade europeia ajuda a
esperteza dos outros. É sintomático o facto de só a Igreja evangélica protestar
contra a arbitrariedade turca.
© António da
Cunha Duarte Justo
Pegadas do Tempo,
http://antonio-justo.eu/?p=4364
PS:
Neste Link:
http://www.montfort.org.br/bra/veritas/papa/papa_regensburg/ encontra-se uma
boa lição sobre a razão e religião em relação aos invasores de Constantinópla.
O espírito permanece o mesmo. O que o mundo muçulmano faz hoje é mera
continuação da imposição através da violência e da espada. Hoje a força do
maenstream é tão forte que embota a razão das sociedades ocidentais que
fomentam a instalação de cavalos de troia nas suas polis sem solicitar
contrapartidas que poderiam levar o mundo islámico a ser mais dialógico,
tolerante e comprometido.
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