sexta-feira, 7 de julho de 2017

A VOZ DOS LUGARES ALTOS



Vem amigo, vem já ver
Pedrógão a sofrer
E nas sombras do apagão
Cinzas de vidas a divagar      

Meu povo não notas                 
Os montes a fumegar,
a política a arder
e o braseiro da Geringonça
de pernas a gingar

Um horizonte se afigura                   
 Sem amanhãs floridos                                    
Numa pólis de escuro vestido
Entre o fumo e as labaredas      
Do paleio a crepitar!

No meu luso sem tempero
A voragem da política
Apaga a modéstia
“Quem manda pode”
o resto abicha.
© António da Cunha Duarte Justo
Pegadas do Espírito no Tempo
http://poesiajusto.blogspot.de/

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