NO NEVOEIRO OS SATÉLITES BRILHAM MAIS
Meu Portugal, sem rei nem roque
De alma à chuva e corpo ao vento
Num abrigo descansa a mente
Sempre à espera do
sol-nascente
Alheio anda, sempre adiado
Cão rafeiro bem-educado
Passa a vida enfileirado
Já nem nota o cadeado.
Minha gente no nevoeiro
Já nem sabe pra onde vai
No escuro tudo é brilho
E os satélites brilham mais
António da Cunha Duarte Justo
In Pegadas do Espírito no Tempo, http://antonio-justo.eu/?p=4006
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