terça-feira, 28 de janeiro de 2025

O Papel das Revoluções Coloridas na Luta entre Blocos Imperialistas

 

INTERESSES DE PODERES GEOPOLÍTICOS À CUSTA DOS DIREITOS HUMANOS E DA EUROPA

 

As chamadas revoluções coloridas são movimentos de oposição política que, na prática, resultaram na substituição de governos antiamericanos por regimes pró-ocidentais ou pró-OTAN.... Recentemente, tentativas similares ocorreram na Bielorrússia, novamente na Geórgia e na Roménia.

Embora as populações tenham o direito de lutar por liberdade e direitos humanos, o financiamento estrangeiro de tais movimentos serve frequentemente interesses imperialistas, mas não o bem-estar dos povos.

Na era de Trump os conservadores mostram à luz do dia e descaradamente o que a esquerda socialista fazia hipocritamente à luz das velas da ideologia: união de interesses políticos com os interesses económicos de oligarcas da marca Musk, de George Soros, etc...

...Esse conflito (de um lado e do outro) não é sobre liberdade ou direitos, mas sobre poder e controle geopolítico...

A guerra provocada na Ucrânia acentua uma divisão na Europa, impedindo-a de se posicionar como um bloco geoestratégico independente com interesses e prioridades próprias. Os EUA têm como objetivo enfraquecer tanto a Rússia como a coesão europeia, promovendo um cenário bipolar no qual o único rival de peso seria a China...

Sem o comércio livre com a Rússia e a China, a Europa enfrenta não apenas restrições externas, mas também concorrência interna entre os próprios parceiros ocidentais, o que limita o seu desenvolvimento conjunto e impede o surgir de um projecto verdadeiramente europeu...

A manutenção do poder no Ocidente não se dá apenas por meios económicos, mas também por controle psicológico das massas...

Diferentemente dos regimes mais autoritários da Rússia e China, onde o controle é explícito, o Ocidente opera com uma aparência democrática, mascarando a influência dos grandes blocos económicos e mediáticos.

A luta entre EUA, Rússia e China reduz a História comum a um jogo de interesses imperialistas. Em vez de promoverem cooperação global, as grandes potências travam batalhas por influência, dividindo nações e debilitando economias; deste modo uma política honesta do bem-comum é desvirtuada em favor de elites e governantes que garantem a sua posição social e o seu nível económico à custa do engano do povo.

A Europa encontra-se aprisionada no conflito geopolítico, perdendo assim relevância global, contribuindo para um mundo que permanece refém de uma lógica de dominação que coloca o poder acima do progresso humano.

António da Cunha Duarte Justo

Texto completo em Pegadas do tempo: https://antonio-justo.eu/?p=9787

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