Panama Papers é Riqueza que não produz é Roubo ao País!
Por António Justo
Segundo a VISAO 12.05 “37,1% da
riqueza de Portugal está em offshores;
é o valor mais elevado da Europa, seguido da Grécia com 25,8%. Os números
são de Gabriel Zucman, um dos mais reputados economistas franceses e
especialista de referência em evasão fiscal.
As “empresas caixa de correio” (fictícias), como revelam as indiscrições em
torno dos Documentos do Panamá, servem a corrupção e as evasões fiscais de
grande estilo.
Nos Panama Papers juntam-se dinheiros de fugas ao fisco, dinheiros de
armas, de drogas, da prostituição e de outras corrupções. O Panamá pertence ao
Ducado da Normandia (Inglaterra).
Neste contexto fala-se dos “John Doe” – cadáver americano não identificado
– para designar pessoas não identificadas metidas em negócios menos limpos. Não
se contentam com o mamar; levam logo a vaca inteira.
O dinheiro, em vez de fluir através das engrenagens do Estado e ser
empregue para favorecer o investimento público e a redução de impostos, fica fechado
nos depósitos das firmas.
O Panamá alemão
O ministro alemão das finanças já anunciou um projecto de lei com dez
pontos que tenciona proibir “empresas caixa de correio”; certamente uma
iniciativa isolada, dado a Inglaterra e os USA não alinharem na iniciativa dado
viverem bem de tais firmas que ajudam a fugir aos impostos estrangeiros mas,
por outro lado, regulam e protegem as suas finanças no Estrangeiro. Por outro
lado é uma hipocrisia política atendendo ao facto de o Panamá ocupar o 13° lugar na lavagem de dinheiros à margem da
legalidade quando a Alemanha ocupa o 8° lugar em termos de dar cobertura à fuga
ao fisco de capital estrangeiro.
Segundo a imprensa alemã, alemães fogem ao fisco alemão em centenas de
bilhões (milhares de milhões) de euros mas por outro lado a Alemanha abriga, do
estrangeiro, cerca de três trilhões (triliões) de euros não tributados.
A repartição alemã de controlo financeiro Bafin intensifica as suas investigações
contra bancos com firmas postais no Panamá, exigindo-lhes os documentos
originais das respectivas operações bancárias. Bafin investiga nove bancos
que terão mediado firmas postais onde seus clientes estacionaram parte da sua
riqueza.
No reino da internet basta o clicar numa tecla para se darem fugas de
documentos comprometedoras, que não poupam até os deuses do Olimpo e seus
sequazes da política. Não tivessem eles os seus diabos que os branqueiam.
A vaca leiteira que
alimenta, gratuitamente elefantes da economia e da política é uma entre outras
que se escondem sob o manto da legalidade.
Por outro lado, empresas multinacionais não precisam de empresas caixa de
correio (fictícias) para fugirem ao fisco; têm ao seu dispor diferentes
sistemas de impostos nacionais que mesmo numa EU se encontram em concorrência
desleal (A Bélgica, o Luxemburgo, etc. batem a pala!).
Também em Portugal se encontram muitos envolvidos na fraude organizada.
Também os fundadores de offshores, deveriam ser chamados à responsabilidade
pela justiça. A nossa justiça parece, além de cega e surda-muda também ser
coxa, no que respeita aos habitantes do Olimpo.
António da Cunha Duarte Justo
http://antonio-justo.eu/?p=3589
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