Depois
de muita discussão na sociedade, o Governo em Berlim viu aprovada pelo
Bundestag a sua proposta de redução fiscal de 35,2 cêntimos por litro
de gasolina e 16,7 cêntimos por litro de gasóleo, por um período de três
meses, a partir de um de junho.
Essa
medida está a revelar-se como, em parte, falhada porque as bombas da
gasolina viram baixados os preços apenas nos primeiros dois ou três dias
seguidos à redução do imposto mas, logo de seguida, os combustíveis
foram, praticamente, elevados para os preços praticados anteriormente.
A
redução do IVA, estimada em 3 mil milhões de euros, não vai aliviar a
população nem a economia de mercado, porque o desconto não vai para o
consumidor final mas sim adicionar os lucros das companhias
petrolíferas...
A Itália
para corrigir o abuso das empresas determinou um imposto extra sobre os
lucros em excesso das gasolineiras desde Março. Esta medida pode trazer
aos cofres do Estado 10 mil milhões de euros. Dizem entendidos que
também essa medida se revela insuficiente porque quem tem depois de
pagar os novos encarecimentos dos combustíveis, consequentes dessa
medida, será o consumidor!
Já
pouco depois do ataque de Putin à Ucrânia, a Shell, Aral e outras
empresas de combustíveis aumentaram exageradamente os preços nas
estações de serviço, embora o petróleo não fosse muito mais caro naquela
altura! O seu abuso trouxe-lhes milhares de milhões em lucros
adicionais. As grandes empresas aproveitam-se da guerra e arrecadam
lucros dela.
Os
consumidores assistem a uma carestia de vida como não há memória e o
governo vê-se impotente para dominar a ganância das multinacionais que
optimam os seus lucros com as dificuldades e o sofrimento dos povos. O
povo anda distraído num tempo que, por isso, se torna proveitoso para
grupos ou nações sem escrúpulo!
António da Cunha Duarte Justo
Pegadas do Tempo, https://antonio-justo.eu/?p=7590
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