ABRIL
Meu anjo caído
Sem asas nem flores
Abril sem primavera
Roubaram-te as cores
FUTURO
Sou o que não tenho
Tenho o que não sou!
Quero ver o mundo
Guardá-lo nos olhos
Fora do ritmo da bulha
Ser palco sem basidores
Ao pensar no futuro
Já tropeço no presente
Não importa perder tempo
A acertar o relógio.
Em mim a caminho
O destino a decorrer
Só as cores do arco-íris
A anunciar o amanhecer
O futuro é um prisma
Por detrás da montanha
No brilho do horizonte
O escuro o ilumina
Sou o que não tenho
Tenho o que não sou!
António da Cunha Duarte Justo
In Nas Pegadas da Poesia, Editora Oxalá
e em Pegadas do Tempo https://antonio-justo.eu/?p=6456
BRASIDOS DE ABRIL EM MOLDES DE POESIA
SOU O SER NO ESTAR A ACONTECER
Agarrados ao momento, na tentativa de ser o “estar aqui”, o ser (existência) absorve-nos no seu eterno retorno, num esforço de mudar o que somos.
25 DE ABRIL
Sou o estar aqui do desejo
Aquele anseio de querer ser
O ser daquilo que não é tempo.
Sou o rio da liberdade a correr
Em margens feitas de espaço e tempo.
Vou na sombra da liberdade
A pousar na cor de um cravo
De um cravo que não é cor!
António da Cunha Duarte Justo
In Pegadas do Espírito, http://poesiajusto.blogspot.com/
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