Casas
com boa exposição ao sol são agravadas no imposto IMI até 20%
António Justo
Casas com meios de transporte públicos à porta, casa com boa exposição
solar poderão ver o seu IMI aumentado. O Artigo 43º (1) contempla um imposto
para casas com localização excepcional, “quando o prédio ou parte do prédio
possua vistas panorâmicas sobre o mar, rios, montanhas ou outros elementos
visuais que influenciem o respectivo valor de mercado”: https://sites.google.com/a/pttax.net/imi/cimi/vi-do-valor-patrimonial-dos-predios-urbanos/artigo-043 . O imposto municipal (IMI) pode
incidir nas regalias que a natureza distribui gratuitamente; a boa exposição ao
sol pode agravar até 20% o imposto IMI; a localização sombria pode desagravar
até 10%. No meio de tanto cinismo e despudor só há que esperar o bom senso
dos municípios.
A aplicação dos critérios do artigo 43 torna-se
numa medida de incentivo à construção precária. As novas construções, para se tornarem menos
caras, terão certamente de evitar varandas e terraços… Quem pagará as persianas
para impedir o calor? Qual será o benefício para as casas viradas à ventania e
à chuva embora com boa exposição ao sol. Quem paga o bolor e o mofo e os dias
chuvosos em que não há sol?
O Estado já quebrou mais impostos a quem comprou em lugar de construção
mais cara.
Um desabafo: A Governança colocou o povo
à caça de gambuzinos
Imagine-se que a EU determinava que os países do
Sul, por serem mais soalheiros, deveriam pagar mais contribuições à Comunidade!
Na lógica do governo português seria legítima a cobrança de imposto do
privilégio soalheiro!
Esta é uma medida de comunismo a entrar pela porta do cavalo em casa de um
povo distraído e cada vez mais reduzido a “proletário”. Este socialismo até das
regalias da natureza se quer apropriar para concretizar o seu conceito de
igualdade pois tudo o que cheire a qualidade é suspeito ou monopólio reservado
à nomenclatura. Qual a razão por que temos em Portugal uma esquerda tão bem
alimentada pelo Estado mas tão vesga, invejosa e radical que não suporta sequer
que o sol seja de graça! Será que só tem para disponibilizar o que rouba ou
o que herda, nada entendendo de empreendimento nem de trabalho produtivo? A
ideologia jacobina tem investido no desconforto não tolerando o conforto de
quem trabalha e paga já demasiados impostos. Na sua função militante
implementa uma sociedade proletária dependente só do Estado, esquecendo que uma
das missões do Estado civilizado é possibilitar a felicidade do cidadão. Os
critérios da sua orientação encontram-se invertidos ao terem como padrão a
infelicidade.
Também aqui se nota o conceito de igualdade da esquerda radical equacionada
no governo Geringonça; esta é a realidade que avassala um povo colocado à
caça de gambuzinos.
Os chupistas do
regime formam uma casta sem moral, sempre à caça dos impostos. (Cf. Dívidas e
cultura cooperativa: http://antonio-justo.eu/?p=3261)
Estamos mesmo arrumados neste mundo de oportunismo
interesseiro em que uns nos confiscam o sol e os outros o trabalho. A vida cada vez parece estar melhor para
sanguessugas que viverem dos postos sobranceiros do Estado e se comprazem em
levantar impostos não se preocupando em fomentar a rentabilidade nem o trabalho
produtivo. Que esquizofrenia esta, de um Portugal com tão bom sol e boas gentes
mas com políticos parasitas sem bom senso nem respeito por quem trabalha!
Os parasitas da governança vivem bem à custa da crise e dos impostos mas,
com tal actuar não passam de pessoas frustradas e cínicas que sentem
satisfação em ferirem a inteligência e em frustrarem o povo. A corrupção do
pensamento chega a ser mais dolorosa para quem pensa do que a degradação e a entropia
de que os corruptos vivem.
Encontramo-nos num estado tal que parece já não
haver lexívia que consiga lavar a democracia!
António da
Cunha Duarte Justo
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